Segue abaixo texto publicado no blog motorpasion :
Dia desses, eu estava acompanhando pelo Twitter a opinião de algumas pessoas sobre um ser, um “profissional” que está presente em praticamente todos os municípios brasileiros, em cada local, há uma cultura, um nome e até um cargo, mas em geral, chamamos de Flanelinha.
Pois bem, a pergunta é: Você dá ou daria dinheiro a um flanelinha ao estacionar seu carro na rua? Eu não. E tenho bons motivos para não dar dinheiro. Antes de mais nada, quero ressaltar que o texto é uma opinião minha, e não como as coisas devem ser.
O meu primeiro motivo é a segurança. Qualquer um que esteja com uma arma, vai poder arrombar o carro e levar o que quiser sem o flanelinha fazer nada. Por quê? Porque o flanelinha não é segurança, não tem seguro, não pode ter arma e não vai me pagar nada pelos danos causados.
Já o segundo motivo é meio polêmico. Algumas pessoas usam o argumento de “ajudar a um irmão necessitado”. Bem, a rua em que moro é cruzamento de uma rua que tem feira local toda sexta. Em uma das esquinas, fica um rapaz já conhecido meu, o Betão. O Betão cuida dos carros de quem vai passar pela feira e sempre ganha umas moedas. Ele mesmo já me disse que em dias ruins, ganha no mínimo, quarenta reais.
Ele também olha carros no Parque do Ibirapuera e alguns pontos de lazer da cidade, chegando a ganhar até 2 mil reais em um mês! E olha que eu moro em um bairro tranqüilo, de classe média. Imagine a quantidade de grana que um flanelinha deve tirar nos arredores de estádios e shows. Ou seja, esse papo de ajudar é coisa de gente ingênua, o carinha está ganhando mais que muitos trabalhadores regularizados.
Quanto ao terceiro motivo, é a questão de que o flanelinha pode danificar o meu ou o seu carro. Isso pode ser resumido com um simples boletim de ocorrência. Eu levo prejuízo financeiro, e ele se ferra com uma ocorrência policial. Ou se eu fosse tão nervoso quanto meu irmão, usaria a violência.
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