segunda-feira, 16 de abril de 2012

Em São Paulo, projeto prevê 'Zona Azul de eventos' para inibir ação de flanelinhas

A Câmara Municipal de São Paulo começará a discutir nesta semana um projeto de lei que cria a Zona Azul de Eventos no entorno de locais destinados a shows com mais de cinco mil pessoas. A proposta protocolada na terça-feira pelo vereador e dirigente de clube Marco Aurélio Cunha (PSD) busca formalizar o estacionamento em volta de estádios, autódromos e centros de convenções para inibir a presença de flanelinhas.

 A ação ilegal de flanelinhas é recorrente em São Paulo. Eles agiram livremente no sábado nas proximidades do Jockey Club de São Paulo, onde era realizado o festival de música Lollapalooza. Na última terça-feira, quem foi ao show do músico Roger Waters no estádio do Morumbi, Zona Sul de São Paulo, também sofreu com a cobrança de R$ 150 por uma vaga. Embora o projeto deixe claro que o município não fica responsável pela guarda do veículo, Cunha acredita que a simples presença dos agentes da Zona Azul de Eventos será capaz de diminuir a ação de guardadores clandestinos. "O carro vai estar de alguma forma cuidado. Se o poder público cobra por esse espaço naquele momento, ele deve também zelar pelo bem público."

 O vereador considera que cuidar da segurança nas proximidades dos grandes eventos é também um caso de polícia, mas acredita que a Zona Azul vai reduzir o espaço dos informais. O texto estabelece que a Zona Azul de Eventos funcionará no sistema de estacionamento rotativo especial em um raio de até 500 metros no entorno de locais dedicados a eventos. Se o projeto vingar, as vagas serão demarcadas e sinalizadas. "Vai acabar com aqueles carros que estacionam no meio fio e com tomadores de conta que se intitulam donos da área." O projeto estabelece que a Zona Azul de Eventos funcionará desde duas horas antes do início previsto do evento até duas horas depois do término estimado, considerando-se o Cartão de Zona Azul válido pelo dobro da duração inscrito na face. Será permitido o uso de até três folhas simultaneamente, equivalentes a seis horas.

O texto proposto não estipula o valor a ser pago pela vaga. O texto diz que nos logradouros onde for implantado o sistema haverá sinalização padrão e placas diferenciadas contendo as instruções e condições específicas de uso. Cunha afirma que em locais onde existe Zona Azul, como na Rua Oscar Freire, as pessoas estacionam seus carros e não há ação dos flanelinhas. "Se não houvesse a Zona Azul, eventualmente poderia ter um cara para guardar a vaga, colocar um cavalete, ocupando o espaço, para intimidar a pessoa de parar."

FONTE G1

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