terça-feira, 16 de abril de 2013

PM faz operação em Cuiabá e orienta motoristas a não pagar 'flanelinhas'


Diante do número dos chamados 'flanelinhas' nas ruas de Cuiabá, a Polícia Militar realizou neste final de semana uma operação para tentar impedir esse tipo de cobrança abusiva para guardar os carros. No total, 25 flanelinhas foram detidos no bairro Jardim das Américas e no Centro da capital, sendo que 80% deles tinham passagens por crimes como roubos e furtos. Apesar da operação, menos de 24 horas depois todos eles já voltaram às ruas.

De acordo com a polícia, a atuação dos flanelinhas é irregular porque eles não podem cobrar pelo uso de um espaço que é público. Além disso, a atuação deles pode ser considerada criminosa se houver qualquer tipo de ameaça ao motorista. No entanto, para que isso aconteça, a população precisa denunciar.

O major da PM, André Avelino Figueiredo Neto, afirmou que a maior dificuldade do combate a essa atuação ilegal é a falta de denúncia. Ele pontuou que dificilmente o motorista ameaçado se dispõe a companhar o policial até a delegacia mais próxima e registrar um boletim de ocorrência contra o 'flanelinha'. “Há várias situações em que somos acionados e no deslocamento para a delegacia as pessoas desistem da denúncia. Então, nesses casos de ação de flanelinha, distorção ou ameaça necessita-se da vítima para fazer a representação criminal”, disse.

Ainda de acordo com o major, a orientação é para que os motoristas não paguem os flanelinhas. “Não alimente essa prática pagando ou dando qualquer tipo de alimento para essas pessoas porque fortalece esse tipo de mercado clandestino nas nossas ruas”, aconselhou.

O aposentado José Amaral é contra a atuação da atividade e disse já ter sido vítima de um flanelinha porque se recusou a pagar pelo serviço. Quando voltou encontrou o carro todo riscado. Agora, para evitar episódios como esse, ele prefere pagar. “Tem uns que se você oferece alguns centavos ele recusa, diz que quer mais. Outros acham que as pessoas tem que pagar de R$ 1 e, caso você não tenha, acham ruim”, relatou.

Já o professor Rogério Grotti não paga, mas tem medo de ter o carro danificado. “Eu acho isso uma tremenda falta de consideração com quem paga os impostos. Nós pagamos imposto para comprar o carro, fazer a manutenção, colocá-lo para circular. Então, ter que pagar flanelinhas não é uma coisa legal”, ressaltou.

G1

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