Materia publicada no blog REPÓRTER DE CRIME, do site do Jornal O GLOBO:
Perguntado como o cidadão carioca deve lidar com uma das maiores pragas da cidade - o flanelinha - o prefeito Eduardo Paes afirmou ao , que o motorista deve denunciar e não pagar os guardadores clandestinos, mas reconhece que nem sempre isso é possível. Ele fez a afirmação ao deixar ontem à tarde o edifício do GLOBO, onde foi apresentar aos jornalistas o projeto de revitalização do Porto do Rio, que promete uma revolução no Centro da cidade.
- Flanelinha é uma questão cultural, mas o Choque de Ordem já tirou mais de 200 deles de circulação - afirmou o prefeito, que aplaudiu a iniciativa (raríssima) da Polícia Civil do Rio, que fez uma megaoperação para espanar os flanelinhas da Zona Sul da cidade.
A sugestão do prefeito é ótima, mas a Guarda Municipal infelizmente não encaminha esse tipo de denúncia. Liguei para o Disque-Ordem (153) e fui informado lá que flanelinha é caso de polícia porque há prática do crime de extorsão. O atendente me orientou a ligar para o 190, aguardar a radiopatrulha chegar e ir para a delegacia mais próxima com o flanelinha. A questão é saber se o flanelinha vai ficar esperando a polícia.
Como a Guarda Municipal não se mete nesse assunto, a única saída é denunciar à polícia. Mas cuidado para não chamar o PM mais próximo, que pode estar mancomunado com o flanelinha de plantão (ninguém estranhou por que a operação foi feita só pela Polícia Civil?). O ideal mesmo é recorrer ao Disque-Denúncia (2253-1177), que serviu de base para a operação policial realizada ontem. A polícia precisa fazer desse tipo de operação uma rotina. De um total de 120 flanelinhas detidos, 53 foram autuados por exercício ilegal da profissão, mas se houver quem tenha coragem e denuncie, eles podem ser enquadrados no crime de extorsão, que é mais grave.
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