Um crime sem punição acontece todo dia nas ruas de São Paulo. Vendedores irregulares de cartões de Zona Azul cobram pela folha avulsa de R$ 3,80 a R$ 10, acima dos R$ 3 oficiais, dependendo do local da cidade. Nos arredores do estádio do Pacaembu, na Zona Oeste, os flanelinhas cobram até R$ 10 em cada folha avulsa. Na via de acesso ao Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, mesmo no dia da semana o tíquete é vendido a R$ 5.
Um ambulante na Praça Benedito Calixto cobra R$ 4 pela folha avulsa. “Ganho só um real em cima”, afirma. O mesmo preço irregular é praticado por outro vendedor na Rua Líbero Badaró, no Centro, a menos de 50 metros da Prefeitura. “Tem gente aqui que cobra R$ 5, eu não sou ganancioso”, justifica o vendedor.
O preço irregular é cobrado em toda a cidade. “Para estacionar na Rua Florêncio de Abreu, no Centro, pago de
R$ 5 a R$ 7 por folha”, afirmou o artesão Edson Barbosa, de 47 anos. “É errado porque pagamos ao poder público para usar o estacionamento rotativo. Temos de pagar também ao cambista?”, falou Barbosa.
R$ 5 a R$ 7 por folha”, afirmou o artesão Edson Barbosa, de 47 anos. “É errado porque pagamos ao poder público para usar o estacionamento rotativo. Temos de pagar também ao cambista?”, falou Barbosa.
“Eu compro o talão com 10 folhas a R$ 28 e vendo avulsas a R$ 4 cada”, falou Valdir Lima, proprietário do bar do número 211 da Alameda Barros, no Centro. “Não acho que é errado, afinal estou disponibilizando um serviço”, falou o comerciante.
“Não é sempre que dá para sair procurando um posto oficial para comprar o talão ao preço oficial”, diz o artista plástico José Francisco, de 53 anos, que pagou R$ 4 em uma folha avulsa de Zona Azul para estacionar o carro na Praça Benedito Calixto, em Pinheiros, na Zona Oeste. “Comprei ali na banca de jornais da praça, achei que o preço cobrado era o oficial”, comentou Francisco.
COMO FUNCIONA A ZONA AZUL
Rotativo
O estacionamento rotativo pago, ou Zona Azul, opera em São Paulo desde 1975. As primeiras vagas criadas foram as situadas na Praça da Bandeira, Praça Dom José Gaspar e adjacências do Centro Velho, chegando a cinco mil em julho do mesmo ano
O estacionamento rotativo pago, ou Zona Azul, opera em São Paulo desde 1975. As primeiras vagas criadas foram as situadas na Praça da Bandeira, Praça Dom José Gaspar e adjacências do Centro Velho, chegando a cinco mil em julho do mesmo ano
Parar na Zona Azul sem utilizar o cartão rende multa de R$ 53,21 e 3 pontos na carteira
Vagas
Hoje, a Zona Azul opera 36.268 vagas em 56 áreas. Dessas, 1.156 são destinadas a caminhões e 781 para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, além de 1.791 para idosos
Existem 2,3 mil postos credenciados pela CET para vender talões com 10 folhas da Zona Azul ao preço oficial de R$ 28. A folha avulsa é vendida a R$ 3
CET lava as mãos e só fiscaliza postos oficiais
Por meio de nota, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) afirmou que cuida apenas os postos oficiais de venda de talões de Zona Azul, mas não é responsável pela fiscalização do comércio das folhas a preços irregulares. Porém, sus agentes denunciam os vendedores clandestinos.
“Os 2,3 mil postos credenciados são periodicamente fiscalizados pelos 140 agentes de Zona Azul e por funcionários da equipe de comercialização, divididos em dois turnos, e podem ser descredenciados caso não estejam cumprindo as regras estabelecidas em contrato pela CET”, afirma a nota.
O DIÁRIO tentou contato por dois dias seguidos com a Polícia Militar, a quem caberia fiscalizar a atividade considerada criminosa, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. “Apesar de não sermos responsável pela repressão aos “flanelinhas” sempre informamos aos órgãos responsáveis “, disse a CET.
fonte diario de sao paulo
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