Este blog reúne notícias dos jornais de todo o país sobre a criminosa conduta dos guardadores de carros clandestinos - Apenas são apresentadas notícias verídicas, sempre citando as devidas fontes jornalísticas com os respectivos links
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Flanelinhas: Disque-Denúncia recebe dez registros por mês em Niterói
"Posso dar uma olhadinha, amigo?". A maioria dos motoristas já ouviu a pergunta na busca por uma vaga nos centros urbanos, e Niterói não foge a essa realidade. A ação de flanelinhas no município é alvo de uma média de dez informações mensais recebidas pelo Disque-Denúncia, que aponta os bairros Centro, Icaraí e São Francisco como os principais locais de atuação dos guardadores irregulares de veículos. Em um ano, policiais da 77ª DP (Icaraí) autuaram 16 flanelinhas por exercício ilegal da profissão. Dois deles cumpriram pena em regime fechado - um por extorsão (após o motorista apontá-lo como autor da cobrança ilegal). Os outros 14 indiciados foram encaminhados para o Juizado Especial Criminal (Jecrim), que cuida das infrações penais de menor potencial ofensivo.
- Sempre que recebemos denúncias, vamos ao local para coibi-la. Só que essa não é atribuição única da polícia, mas, principalmente, da prefeitura, que deve disponibilizar vagas e aplicar multas - afirma o delegado Mario Luiz da Silva, titular da 77ª DP.
A Secretaria municipal de Segurança e Controle Urbano informou que faz ações com o 12º BPM para coibir os flanelinhas, que, quando são pegos em flagrante, assumem, na delegacia, o compromisso de se apresentarem à Justiça em dia e local estabelecidos.
Para evitar problemas, restaurantes oferecem quentinhas
A cena se repete toda noite, mas pouca gente nota. Antes da chegada dos clientes, a comida dos melhores restaurantes de São Francisco já foi experimentada - e aprovada - por um público diferente: os flanelinhas.
Atuando livremente pela Avenida Quintino Bocaiúva, os flanelinhas ficam a poucos metros do serviço de valet oferecido pelos estabelecimentos. Segundo um manobrista que pediu para não ser identificado, a distribuição de quentinhas foi a alternativa encontrada por proprietários de restaurantes para evitar que os guardadores irregulares danificassem os veículos dos clientes.
- O valet perde muito cliente porque parar na rua é mais barato - afirma o manobrista, que estaciona carros por R$ 10, enquanto os guardadores irregulares às vezes cobram a metade do preço. - E os flanelinhas ainda recebem quentinhas de almoço e jantar. É uma forma de garantir que o cliente que parar na rua não terá problema. Mas assim fica difícil que esses guardadores se intimidem com a fiscalização. Além de ganhar com os carros, eles não vão perder a chance de comer de graça.
Para o presidente do Sindicato dos Hotéis Restaurantes e Bares e Similares de Niterói, Américo Figueiredo, a responsabilidade por resolver a situação é das autoridades:- O flanelinha é uma realidade, é um problema social. Não cabe ao restaurante acabar com a atividade, mas sim o poder público, que é omisso. O dono fica numa situação delicada: se tentar coibir corre risco de represálias. Só tenho um conselho para os donos: não confrontem os flanelinhas.
FONTE AGENCIA O GLOBO
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