Este blog reúne notícias dos jornais de todo o país sobre a criminosa conduta dos guardadores de carros clandestinos - Apenas são apresentadas notícias verídicas, sempre citando as devidas fontes jornalísticas com os respectivos links
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Flanelinhas voltam a dominar ruas de Cuiabá
Medo, coação, constrangimento e falta de opção são os principais motivos que levam a população a “contribuir” com os “flanelinhas” nos locais de grande aglomeração de Cuiabá, principalmente no período da noite. Travestidos de guardadores de carro, eles extorquem clientes de restaurantes e casas noturnas sob a ameaça velada de riscar os veículos. Uma modalidade de roubo já comum nos grandes centros e que é alvo de jogo de empurra entre autoridades das várias esferas do Poder Público.
Um dos locais preferidos é a Praça Popular, que recebe um grande fluxo de pessoas durante todo o dia e principalmente à noite. Segundo moradores e frequentadores, o número de flanelinhas triplicou no local nos últimos dois meses.
“Esta situação está ficando cada vez mais complicada. Eles coagem mesmo os clientes que acabam às vezes indo embora antes de descer para consumir, principalmente se é mulher com filhos. Nós já sentimos uma queda brusca no movimento nestes últimos dois meses. Já liguei diversas vezes na polícia e nada é feito. Outro grande problema é que eles usam drogas na frente de todo mundo aqui. É só você ficar meia hora na praça que você vê a cena. O grande problema é que brigar com eles ou pedir para que deixem o local, porque eles quebram carros mesmo”, disse indignado o empresário Diego Teixeira.
O comerciante Julio Cesar Tomazini, concorda que o número de frequentadores no local reduziu por conta da presença dos flanelinhas. “Esta situação já é um grande problema, principalmente no meu caso que atendo mais famílias. As pessoas acabam ficando com medo e não vem. Todas as noites quando eu vou fechar eu preciso esconder TV, frigobar ou qualquer coisa que chame a atenção, porque se não eles roubam tudo.
Eu tenho outra sorveteria na Avenida do CPA que já foi assaltada duas vezes desde janeiro e lá também há uma grande concentração de flanelinhas. Não sei mais o que podemos fazer, porque já liguei para a polícia, para a prefeitura, mas nada é resolvido”.
Além dos comerciantes, as pessoas que frequentam o local também se mostram bastante incomodadas com a situação. Segundo os amigos Eduardo Mazepi, advogado, Juliano Mazepi, engenheiro, e João Batista Vasconcelos, funcionário público, frequentadores de um bar localizado na região, o descaso das autoridades agrava o problema. “Nós temos que pagá-los porque se não seu carro vai, com certeza, ser zuado. Isso é fato. Nós ficamos revoltados, mas sempre separamos o dinheiro para dar, porque já ficou uma coisa usual por causa do risco deles fazerem alguma coisa com o carro”, afirmou Eduardo.
João Batista acrescentou que se houvesse ali um policiamento ostensivo, eles poderiam até dizer que não dariam o dinheiro. “Mas como não tem a policia, temos que dizer que sim e entregar o dinheiro. Aí acabamos tendo que fazer a parte que a policia deveria estar fazendo. E olha que nós somos homens. O pior são as mulheres, porque eles acuam mesmo as mulheres. Eu já vi eles fazerem isso”.
E Juliano completou: “Cuiabá vai receber uma Copa do Mundo e nada muda, só piora. Então você fica refém. Muitas vezes somos obrigados a ir embora cedo pra casa para não correr riscos. Eu já ouvi de vários amigos que foram embora duas e meia da madrugada e foram assaltadas. E não só aqui. No Canela Fina e em outros pontos de balada da cidade os crimes são constantes. Cuiabá está sem controle, a gente fica refém de horários e dos bandidos”.
A insatisfação com a presença dos flanelinhas parece ser unanimidade entre os clientes dos diversos estabelecimentos localizados na região da Praça Popular. “Tem um pessoal que dorme aqui na praça. Nós temos um escritório de advocacia aqui perto e eles sempre abordam a gente. E isso não é só aqui na praça. Eles estão espalhados por esta região toda”, reclamou o advogado Júlio César Lopes.
fonte: CIRCUITO MATO GROSSO
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