Segundo uma reportagem do jornal O Globo, a atividade do guardador de veículos no Brasil teve origem no governo de Getúlio Vargas com o objetivo de dar emprego aos ex-combatentes (pracinhas) que retornavam ao país sem qualquer ocupação. Tratou-se de uma medida populista típica da política trabalhista deste ex-presidente que, justamente por ações como essa, era chamado por seus simpatizantes de "pai dos pobres”.
Apesar de bem intencionada, a medida não levava em conta as implicações negativas advindas da criação deste novo ofício. Assim, para dar solução a um problema imediato específico, criou-se uma atividade que sequer se fazia necessária e que, a longo prazo, contribuiu para degradação do ambiente urbano.
Os objetivos iniciais da criação do ofício não foram atingidos visto que não foram os heróis de guerra que o exerceram, mas sim toda sorte de desempregados, crianças, marginais e os moradores de rua.
A profissão só foi oficializada anos depois, em 1975, por uma lei assinada pelo então presidente, General Ernesto Geisel (curiosamente, um dos maiores opositores de Getúlio Vargas). Esta lei, entretanto, permanece desconhecida pela maior parte da população e mostra total desacordo com a realidade. O mercado criado em torno dos estacionamentos em locais públicos nunca foi efetivamente regularizado no país, as ruas sempre estiveram em mão clandestinas, sem qualquer tipo de controle.
Aquilo que começou para dar solução ao desemprego, acabou se tornando uma questão de segurança pública, que demanda um urgente intervenção estatal na sua repressão.
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