terça-feira, 3 de abril de 2012

Flanelinhas recebem até R$ 1 mil por ponto de rua em Sorocaba, SP

motorista que trafega pelas ruas de Sorocaba (SP), principalmente pelo centro da cidade, não tem como se livrar deles. Os flanelinhas estão por toda parte: em frente a hospitais, nas imediações dos shoppings. É só estacionar o veículo que a pergunta logo surge: "Posso dar uma olhada no carro aí, meu?", diz um dos guardadores. Durante dias, a reportagem do Tem Notícias percorreu ruas e descobriu que, apesar da via ser pública, é possível cobrar um ponto. Cada um tem um preço que varia de acordo com a circulação de veículos. Pelo ponto perto do prédio do INSS, por exemplo, os flanelinhas chegam a pedir R$ 1 mil, como mostra a reportagem. Para isso, existe um tipo de 'arrendamento': uma espécie de gerente que comanda e determina a venda dos locais fica responsável pela cobrança.

A constatação não poderia ser outra. As ruas do centro têm donos e quem quiser entrar nesse mercado rentável vai ter que pagar aluguel. "R$ 35 por dia e pode chegar a R$ 50. O cara ganha R$ 200, paga R$ 50, ta bom, né?", pergunta um dos guardadores. O trabalho é sem regulamentação. E como ninguém paga imposto, é possível tirar um bom dinheiro no final do dia. "Se você achar um ponto bom mesmo, tira R$ 70, R$ 80 por dia", explica um deles. A produção tentou um espaço para trabalhar em frente à Santa Casa, mas não conseguiu. A recomendação foi para procurar uma das ruas do Centro. "Dá uma olhada na travessa da Brigadeiro Tobias, naqueles lados", diz um dos guardadores.

Em uma via onde há clínicas médicas, escritórios e escolas, o flanelinha autoriza o trabalho. Mas faz um alerta: "O que você não pode fazer é você pegar carro dos caras lá de cima, porque é B.O. (problema). Os caras lá 'é' tudo usuário de drogas. Se estiverem loucos, eles partem pra cima mesmo!", salientou. O problema é que a intimidação também atinge motoristas que são obrigados a dar a quantia que eles pedem. Isso porque os flanelinhas sabem que não serão punidos. "Polícia não gosta da gente, mas não tem nada a ver, não. Eles não mandam na rua", fala um dos guardadores. E continua: "Se você pegar, tratar uma pessoa mal, alguém chamar a polícia pra você. Aí a polícia vem e tira você da rua, manda você ir embora e depois você volta de novo!", desvenda.

Uma solução das autoridades para o problema seria a instalação dos parquímetros, equipamentos em que o motorista escolhe o tempo que vai estacionar e paga por isso. Mas os flanelinhas dizem que pelo menos até 2013 estão sossegados. "Esse ano aqui não vão mexer porque é eleição pra prefeito e vereador, né?", explica. Outro lado Por nota, a URBES – Trânsito e Transporte informa que não exerce fiscalização na atividade dos flanelinhas. A orientação é que, para os casos de incômodo provocado por intimidações ou outras posturas dos guardadores, os condutores de veículos devem procurar a autoridade policial e registrar a queixa.

FONTE G1

2 comentários:

  1. olá, qual a fonte desta notícia?? obg

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  2. Aqui em São José do Rio Preto recente em 2023 em uma rua chamada Dulcídio Siqueira. Tem uma rua com uns flanelinhas meio agressivos. Inclusive teve uma vez que eu tava subindo a rua a pé eo cara quis me cobrar. Teve uma segunda vez que um outro cara de cabelo e barba ruiva ficou nervoso pois eu subia a rua como pedestre dá pra acreditar. Eles pensam ser donos da rua!

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